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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Construir na areia

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“Nada está construído na pedra Tudo está construído na areia. Mas devemos construir Como se a areia fosse pedra.” Jorge Luís Borges Fonte: Desejo-lhe feliz mudança Organizadora: Lídia Maria Riba Demorei a concordar com o Jorge, mas encontrei uma saída para o seu pensamento. Mesmo sabendo que tudo um dia se desfaz não devemos deixar de criar, construir. Pois o gostoso é construir, não ficar para sempre a mesma coisa. Não devemos ter medo do que se desfaz, fugindo dele, devemos aceitá-lo e permanecer construindo. Namasté! Leia Também: Ideia e Esforço Seja amigo do sexo Apontar o Dedo para Nós

Preguiça de Crescer

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Conheço muitas pessoas que declaram desejar uma vida tranqüila, harmônica, mas que não conseguem. Por trás disso está a falta de empenho. Ambicionamos viver bem, mas não queremos fazer esforço. Desejamos tudo pronto. Para viver bem é preciso estudo e dedicação. Uma vida serena não cai do céu, ela é fruto de anos de observação de si e treino. A calma pode ser conquistada, mas não sem trabalho. Pensamos que isso deve ser um traço de personalidade e só os sortudos é que nascem assim, o resto dos mortais tem que se contentar com uma vida agitada e tensa. Gostamos de nos escorar no “Eu sou assim e ponto!” Que eu chamo de síndrome de Gabriela, por causa da música (Eu nasci assim, vou ser sempre assim...) Paz dá trabalho. Mas é uma tarefa prazerosa. Observar-se, aprender sobre seu próprio comportamento é divertido e conduzi-lo é libertador, é como diz o Lao Tsé: “Poderoso é quem se domina a si mesmo.” (poema 33 do Tao Te Ching) Uma vida harmônica é reflexo de uma harmonia interna, conquistada

Abordagem Centrada na Pessoa 3ª Parte

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Centrar no Cliente Carl Rogers foi fortemente influenciado por Otto Rank e sua terapia relacional. Foi impulsionado por sua desadaptação às teorias vigentes (Behaviorismo e Psicanálise) que segundo ele eram centrados na figura do terapeuta dando pouca importância ao “paciente”. Centrar no cliente significa vê-lo com potencial de crescimento e não um mero objeto ao qual vamos intervir e curar sem nenhuma participação deste. Rogers, na década de 1930, já prenunciava o que hoje é um movimento da Medicina, a Humanização do atendimento, no qual o cliente (e não paciente) é ouvido como autoridade em si mesmo e as decisões podem ser tomadas em conjunto, o paciente deixa de ser aquele que atrapalha a ação do especialista para ser aquele que colabora com seus conhecimentos de si, há uma troca de conhecimentos e não uma simples relação médico/objeto na qual o médico sabe e o paciente não sabe. Cliente é alguém que vem ativa e voluntariamente procurar ajuda para resolver um problema, mas sem qu

Abordagem Centrada na Pessoa 2ª parte

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Aspectos Básicos: Em 11 de Dezembro de 1940, Rogers proferiu a conferência “A nova concepção de Psicoterapia” no MIT (EUA) e pontuou seus conteúdos fundamentais; o que para muitos foi o nascimento da ACP (abordagem centrada na pessoa). Que faz parte das psicoterapias Humanistas Existenciais (3ª força em Psicologia). Ela trabalha fundamentalmente com o paradigma: O ser humano é digno de confiança, é criativo, automotivado, poderoso e construtivo (tendência atualizante). Aspectos básicos do método: • Há uma confiança básica na natureza construtiva do organismo humano e no poder de orientar-se para maturidade, saúde e adaptação. A terapia é um processo de libertar o indivíduo para um amadurecimento, desenvolvimento de resolver obstáculos que o impeçam de avançar. • Acentua mais fortemente os elementos emotivos, os aspectos afetivos da situação do que os intelectuais (desadaptações não são falhas no saber, este é ineficaz porque está bloqueado pelas satisfações afetivas da pessoa). Procura

Abordagem Centrada na Pessoa 1ª Parte

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 Essa é a designação atual de uma forma de atuar em psicoterapia (que me inspira no trabalho), mas também uma orientação para viver. O próprio nome explica a filosofia. Digo designação atual, pois, como seu nome, tenta explicar o conteúdo, foi se modificando ao longo do tempo, começando com “Aconselhamento não diretivo”. Esta abordagem psicoterápica surgiu naturalmente da inquietação de Carl Rogers (psicólogo americano) em sua prática com crianças e adultos. Os métodos da época (por volta de 1930/40) não o contentavam, achava-os disfuncionais e o frustravam. Tentando encontrar um meio mais adequado para ajudar criou um método e uma teoria inovadora para a época e contrária às correntes vigentes - Behaviorismo e psicanálise – a qual deu o nome Aconselhamento não diretivo, pois a característica mais marcante naquele momento era o desejo de não direcionar o cliente para o objetivo do psicólogo, como até então se fazia. A idéia corrente er

Afirmação para convivência pacífica

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“Liberto-me da necessidade de ser perturbado.” Hoje vivemos muito grudados uns nos outros, as paredes são finas demais invadimos e somos invadidos constantemente pelos outros. Essa declaração me ajudou muito a conviver com vizinhos barulhentos, retornando-me à calma interior para conviver em paz. Namasté! Outras afirmações: Auto aprovação   Trânsito   Paz

Livre-se do medo

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Dra. Lucy Atchesin Tradução: Nivaldo Montingelli Jr. São Paulo: Prumo, 2008 247 p A psicóloga com consultório em Londres, e especialista em bem-estar emocional, organizou um manual para os primeiros passos do enfrentamento de fobias. Utilizando os métodos de terapia cognitiva comportamental, ele vai explicando os conceitos de medo, fobia, insegurança, ansiedade, ataques de pânico e distúrbio de estresse pós-traumático. Para cada um dedica um capítulo, com conceito, exercícios para superar e estudo de caso, no qual dá exemplos de seus próprios atendimentos como um meio de melhor entendimento. Coisas que aprendi: • Medo é o sentimento de ser intimidado ou levar-se a se sentir inseguro a respeito de uma situação, emoção ou objeto. • Não são os eventos, a situação ou o objeto que constituem o verdadeiro problema: é a maneira pela qual nós o sentimos. • Todos os medos surgem devido a preocupações a respeito do que poderá acontecer em conseqüência do evento e não da situaç

Respeito X Amizade

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Recentemente escrevi um texto ( Temperar filhos ) no qual eu disse que pais e filhos podem ser amigos e assim se respeitarem. Muitos pais têm medo de se tornarem amistosos com os filhos e eles deixarem de considerá-los, então colocam uma postura autoritária, perdendo o balanço entre amizade e respeito. Porque será que é assim? Pensando nisso, vi que normalmente confundimos o que é afeto, pensamos que o tom amistoso de alguém convida à falta de limites, então abusamos da estima do outro. Achamos que podemos invadir o amigo, que podemos exceder. A intimidade permite a violência sutil do desrespeito. Então contamos com ele sem querer saber da sua real disponibilidade, não nos importamos com sua vida, queremos chegar e sermos atendidos em nossas necessidades. Vejo que embaralhamos estima com libertinagem, falta de limites. Quando transferimos isso para relação pais/filhos vira uma bagunça só. Não sabemos ser amigos e respeitosos, ou seja, amigos que reconhecem limites dos outros.

Consciência Pesada

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Um dia desses li uma matéria que falava que as pessoas que mais sofrem com consciência pesada são as que se exigem demais e buscam ter um comportamento acertado o tempo todo. E que para se livrar desse sentimento, precisamos primeiro parar de julgar as ações alheias e pegar leve consigo. Quem tem consciência pesada, tenta disfarçar, mas se denuncia com alguns comportamentos, como necessidade de agradar a todos, mania de limpeza ou evitar falar de si. Para mim consciência pesada é ir contra seus próprios princípios, fazer algo que não condiz com o que você acha bom deveria ser apenas um sinal de que se pegou um atalho perigoso para si, mas termina sendo apenas um meio de aliviar a culpa, fazemos algo que os outros reprovam, mas compensamos nos martirizando, sofrendo para que os outros nos perdoem por pena. E você, como anda sua consciência? Para ler a matéria clique aqui Leia também: É bom fazer o bem Paixão pode durar mais de 20 anos Eu dei o meu melhor

Aguar Filhos: A educação do jardinar

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Para que uma roseira desabroche sua mais linda flor, você precisa conhecer as necessidades específicas daquela roseira. Senão ao invés de desenvolvê-la, você a mata. Afinal de contas ela não é uma jaqueira, muito menos um cacto; e é preciso saber a diferença. Para lidar com pessoas mais especificamente, pessoas recém chegadas ao planeta (crianças) é essencial saber trabalhar com elas ou estar, pelo menos, disposto a desenvolver essa habilidade de jardineiro. Que é conhecer que raio de planta/criança é essa que está em sua frente. Quem é ela, quais são suas necessidades, o que ela suporta e o que não agüenta. É solar (ativa)? Gosta de muita ou pouca água (afeto)? Gosta de sombra (proteção)? Parece que não massificar, não generalizar é importante. Individualizar a pessoa e saber quem ela é, potencialidades, necessidades, limites e dificuldades é importante. Saber como ela percebe a si e ao mundo, e a partir daí se relacionar com ela não com quem você acha que ela é. Dando-lhe

Amor, liberdade e solitude

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Amor, Liberdade e solitude: uma nova visão sobre relacionamento. Tradução: Leonardo Freni 2ª edição São Paulo: Cultrix, 2006 238 p Eu sou suspeita para comentar um livro de Osho. Eu simplesmente o adoro, para mim ele é inteligente, bem humorado, criativo. Ler suas palavras é entrar num céu aberto de alegria! Neste livro foram reunidas as palestras em que ele falou sobre relacionar, sim, porque para Osho isso deve ser um verbo e não um substantivo. Ele traz uma forma que eu considero moderna e madura de amar. E um conceito interessante sobre estar consigo mesmo, que ele chama de Solitude, uma solidão saudável, um prazer de estar sozinho, em sua própria companhia, como uma base para o bom relacionamento. Ele também responde perguntas e nos instiga a revolucionar o ato de amar, nos afirmando que é possível experimentar a meditação como meio de amadurecimento para o relacionar. “Amar significa aceitar como é. Não tentar reprimir.” “Observar é meditar... fique atento, fique

Qual deve ser o objetivo da educação familiar?

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Acredito que essa deva ser a primeira pergunta a se fazer. O que eu quero produzir com a interação com meu filho/a? Às vezes penso que a melhor forma de se preparar para ser pai é sendo filho e observando, sabendo exatamente como é, lembrar-se disso quando adquirir o papel da paternidade/maternidade. E também devemos fazer muitas perguntas, como por exemplo: Como saber a medida das atitudes com os filhos? O que é e como se preparar para educar cidadãos? Existe algo inato que não se precisa aprender? O que um adulto precisa ter para fazer isso melhor? O que é básico (necessidades) para qualquer criança?O que eles precisam para se desenvolverem? Acredito que as perguntas ajudam mais do que as respostas prontas. Fazer questionamentos e ir descobrindo aos poucos, na própria vivência, sem idéias rígidas pré-concebidas, como a mente de um iniciante, nos torna abertos para o presente e para o novo, nos dando maior flexibilidade e criatividade na solução de desafios. O que pode se

Temperar filhos: A educação do cozinhar

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Pensando em educação eu tive uma idéia. Parece que nela existe algo do cozinhar, do preparar um alimento. Soa estranho... Mas a primeira relação que notei foi a questão do dosar. Tanto na preparação de uma refeição quanto de um cidadão, existe a dosagem de vários elementos com equilíbrio. Na cozinha temos temperos; sal, pimenta, açúcar, alho, cebola, manjericão, ervas em geral. Na educação temos; limites, afeto, brincadeira, estudo, responsabilidade, exigências, elogios, críticas, etc. Como dosar tudo isso é o desafio. É esse toque que tanto faz a diferença numa comida que se transforma num manjá ou algo intragável e uma pessoa num cidadão ou num criminoso. Hoje em dia os pais perderam “a mão”, com tantas informações “científicas” eles se sentem perdidos. Os elementos não estão bem balanceados em si mesmos, portanto não sabem combiná-los no outro. Ficam sem saber quando, onde, em que medida. O que é exagero e o que é falta. Não olham para si, portanto não olham para o filho, desnortead

Santo de Casa não Faz Milagre

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Eu soube que Jesus disse ter saído de sua terra por que nela ninguém acreditava que ele era o profeta, ele precisou ir para outras terras para se firmar. É interessante esse fenômeno, quanto mais íntimo é alguém menos acreditamos em seus conhecimentos! Fiquei pensando se isso não é um reflexo de nossa própria desvalorização. Temos uma ideia internalizada de menos valia. Acreditamos lá no fundo que não somos grande coisa, sabemos que não conhecemos tudo, então projetamos isso em nossos pares, desconfiamos de seus dotes, não botamos fé nele. Claro que isso é uma suposição. Uma outra hipótese é: nós conhecermos os pontos vulneráveis desse “santo”. Quando vivemos muito próximos vemos suas falhas e como fomos ensinados a não confiar no que falha... Quem está distante dá a impressão que não erra, acho até que por isso achamos que a grama do vizinho é mais verde, como não convivemos com ele vinte e quatro horas por dia não o vemos falhar, então os achamos perfeitos, a perfeição que não temos