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Mostrando postagens de maio, 2010

A Lua

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Arcano XVIII “Este arcano sugere um momento delicado de verdades dolorosas e cheio de dualidades (alegria /tristeza, ganhos/perdas), mas em todo caso, novos caminhos surgirão trazendo felicidade e prosperidade.” Fonte: Curso Completo de Tarô – Nei Naiff Esta não é uma carta que representa uma situação fácil da vida... Ela dá um pouco de medo como a noite, às vezes nos dá pavor. A dificuldade de enxergar o perigo no escuro sempre foi motivo de temor e é o que essa carta representa em alguns momentos: Nossa cegueira, nos gerando temor. Nossa imaginação criando coisas que não existem de forma concreta. Nossa confusão mental. Não é um bom momento para tomar decisões e fazer escolhas, o melhor é esperar um pouco. Agora existe muita dúvida e ilusão, mas a noite não dura para sempre e logo o sol da clareza mental aparece. Agora é hora de se ouvir e lidar com os temores, angústias, dúvidas, tristezas que escondemos frequentemente. Atravesse este portão. Coragem! Om Shanti! Outros o

Sexo, vida e confusão

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“Sexo é vida!” Ouvi esta frase num comercial e fiquei pensando, o quanto valorizamos essa atividade em nossa vida. Acho que supervalorizamos o sexo... Melhor; não sabemos o que fazer com ele. Ora o rebaixamos a coisa do demônio, então o escondemos, nos envergonhamos de praticar, fingimos falta de interesse... Ora o endeusamos e dizemos ser a melhor coisa do mundo, que não vivemos sem ele, que só isso existe de legal para fazer na vida, declaramos que o praticamos a toda hora e de maneira diversa. São dois extremos ou o colocamos lá em cima ou o desonramos com os conceitos mais baixos. A humanidade é ainda guiada pelo instinto sexual para reprodução, mas não domou a fera ainda. Ou o reprime ou se deixa governar por ele, parece até que não tem meio termo... É um assunto complicado, que sempre gera polêmica e levantes ou totalmente a favor ou totalmente contra. É aquele caso: ame ou odeie! Poderemos um dia lidar com esse ato da natureza com tranqüilidade e equilíbrio? Será que vamos ser n

Guia para pais com pouco tempo e muito carinho

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Luis Muiño Tradução de Leila C. Dinis Fernandes São Paulo: Editora Gente, 2007 2ª Ed. 180p Livro do psicólogo espanhol e terapeuta familiar desde 1989. Já de cara achei o título moderno, o que há de mais atual do que a falta de tempo dos pais? Então, pessoas interessadas em dar o melhor de si, mas estão ocupadas demais podem ser ajudadas. O livro é dividido em sessões que parecem aproveitar o que está acontecendo com os filhos num determinado momento para educá-lo, como por exemplo: Meu filho anda irritado, como educá-lo em situações de tensão? Outra coisa que ele fala, eu acho imprescindível em qualquer relação, a capacidade de empatia, de se colocar no lugar do outro ou como eu digo, querer conhecer quem é aquela criatura que você colocou no mundo. Porque ela não é uma cópia sua, nem a manifestação de um plano seu, é um ser vivo e autônomo, diferente e separado de você. A intenção de Luis “é estabelecer um modelo de educação que nossos filhos desenvolvam fatores de boa saúde

Autopropaganda

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Fiquei reparando como gostamos, somos vaidosos mesmo, quando somos bonzinhos. Dá status ser legal, sobe o nosso conceito diante o grupo. Ativa nossa vaidade. Então passamos a fazer propaganda desse aspecto, que às vezes nem é tão constante na gente, mas dizemos que é. Jesus Cristo avisou sobre essa nossa peculiaridade e ele disse que o que a mão direita desse que a esquerda não soubesse, ou algo assim... No meu entender ele estava nos alertando sobre o risco da vaidade. E vou lhe dizer, a vaidade não é ruim em si, ela apenas é um muro que nos separa do que é realmente bom. A vaidade nos faz cegar para nossa essência, por isso devemos ajustá-la ao mínimo. Não precisamos ser humildes no sentido de nos sentirmos inferiores a todo o resto da população, mas vaidade atrapalha. O bom mesmo é termos uma visão justa de quem nós somos nem tanto ao céu nem tanto ao inferno! Não somos nem totalmente santos, nem totalmente demônios, na maioria das vezes oscilamos entre duas polaridades. O m

Condescendência

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“Cada um de nós tende a ser condescendente consigo mesmo. Olhamos para nós mesmos com benevolência. Se alguma coisa de ruim acontece conosco, sempre temos a propensão de atribuir a culpa aos outros, ao destino, ao diabo ou a Deus. Nós nos recusamos a penetrar em nosso interior, conforme a recomendação de Buda.” Fonte – Palavras de sabedoria, Dalai Lama. Acho esse fenômeno apontado pelo Dalai Lama, muito interessante... Tem até uma frase atribuída à Sartre que me lembra isso: “O inferno é o outro.” Nunca somos nós, o diabo está sempre fora, o horrível é detectado no outro. Nós somos honestos, bonzinhos, afáveis, educados... O vizinho é que provoca nossa desgraça. O político é que é corrupto, nós fazemos tudo como manda a lei! No mundo esotérico, quem tem energia negativa é o outro. Ouço muito isso: “Aff... Como Fulaninha está carregada!” Eu tenho uma aura limpa-perfeita-leve. Se algo não está indo bem é fulaninho que está com olho gordo. E o: “Fizeram um trabalho para mim” ?! Achamo-nos

O óculo da paixão

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A paixão não é um óculo perfeito para todo tipo de paisagem. Avaliar fatos com essa disposição sempre nos leva ao exagero... A tomar partido e muitas vezes a sermos injustos. A paixão só deveria ser usada para diversão. O olhar apaixonado muitas vezes é estúpido, porque é cego, é parcial, limitado, não consegue enxergar todos os lados. Vejo pouquíssimas pessoas com lucidez suficiente para avaliar situações de uma maneira menos quente. E acho que essa forma de visão poderia ajudar muito na convivência de diferentes. Uma percepção clara das coisas facilitaria o entendimento e a chegada de acordos. Coisa de que nosso mundo carece. Tem muita gente querendo falar e poucas pessoas querendo ouvir. Tem bastante indivíduos querendo ser aceito, mas poucos aceitando, há um desequilíbrio. E para mim desequilíbrios de longo tempo se transformam em doença. Eu não digo que os óculos da paixão não devem ser usados, mas que em algumas paisagens ele distorce tanto que atrapalha. Portanto escolha o luga

Baú

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Vanessa da Mata Disco Sim “Vamos seguindo acordando cedo Você só reclama não age...” “Não corre atrás das suas coisas Vive aqui choramingando Todos já foram embora Você só reclama...” “Rancoroso com raiva de tudo Do fulano com seu carro novo Não vê que ele trabalha muito Você pode se esforçar...” Veja a letra inteira e ouça a música Achei muito interessante esses trechos da música “Baú”, eles falam de um tipo de personalidade, ou estado mental, que reclama de tudo, mas na hora de agir, deixa para depois. Essa pessoa responsabiliza os outros, uma situação externa, a política do país, seus pais, o lugar onde mora... Qualquer coisa menos a ela mesma. E segue se queixando, como diz na música “rancoroso com raiva de tudo”. E se formos dizer isso para ele, vai se defender falando que não sabemos como é sua vida, que para a gente é fácil e claro, vai negar que não faz nada. Para esse tipo de pessoa ele se esforça muito, a vida é que não é fácil. Jamais admitirá que não se empenha. Todos nós t

Amor Obsessivo

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A @paulinhamclaren do twitter sugeriu que eu falasse aqui sobre “amor obsessivo/compulsivo”. Darei minha opinião, meu ponto de vista sobre isso. Para mim é impossível falar de amor e obsessão/compulsão numa mesma frase. Amor é saúde e obsessão/compulsão é doença. Acho que utilizamos mal a palavra amor. Damos a ela o significado de interesse sensual, necessidade afetiva, exclusividade... E agregamos ciúme, possessividade. No meu entender amor é um estado mental de aceitação, liberdade e compaixão. Não inclui a dominação nem a carência. Alguém que realmente ama está transbordante e não fica esperando nada em troca. Não é assim que amamos ainda. Nosso amor é ego centrado, para mim é um sentimento que dou esperando alguma coisa em troca. Neste caso entra a obsessão, que é um descompasso, é uma doença. Podemos tê-la direcionado para qualquer objeto: jogos, internet, compras, comida e... romance. Ficamos presos e descontrolados só pensando em uma coisa e nossa vida se resume a uma área só.