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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Ser ou não Ser

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Xavier Guix Tradução: Carolina Caires Coelho São Paulo: Ciranda Cultural, 2008 187p O autor é um terapeuta espanhol e traz neste livro questionamentos inspirados na filosofia, para o enfrentamento e desfrute da vida cotidiana. Ele aborda áreas como casamento, trabalho, nossa relação com o tempo, o próprio processo de crescimento pessoal. Questiona muito nosso estilo de vida atual, a nossa época cheia de conflitos, mudanças e desorientação. Nossa forma de existir competitiva e narcisista. A adoração da auto-imagem e como valorizamos o dinheiro. Tem quase um mantra que ele repete do início ao fim do livro: “vivemos melhor à custa de nos sentirmos pior” acho que este é o ponto central, a grande questão! Porque estamos aí, o que nos fez escolher este caminho? E como acordar e escolher outra coisa? Um dos capítulos que gostei mais foi o que fala sobre relacionamento amoroso “Saturados de amor, incapazes de amar.” No qual o autor questiona os papéis dos amantes, a forma de amar (n

Apresentando a namorada

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Há algum tempo atrás atendi um pai cuidadoso recém separado que estava se interessando por uma moça e começou a se perguntar se o negócio ficasse mais sério, como seria melhor aprensenta-la a sua filha? Algumas coisas me vieram à cabeça e terminei escrevendo um texto de dicas, que são sugestões para iniciar uma reflexão e não regras para serem seguidas. A primeira coisa que surgiu foi perguntas: 1. Como anda a relação com sua filha? Vocês conversam? Têm intimidade? Vêem-se com freqüência? Brincam? 2. Como estão seus sentimentos em relação a ela e a sua separação? Sente culpa? Acha que fez mal a ela quando se separou? Separou-se com mágoa? 3. Como é a sua relação com a mãe da criança? 4. Quais são suas ideias sobre separação e novo namoro? Sente-se à vontade? Tem vergonha? Acha-se errado? 5. A namorada gosta de criança? Está interessada em conhecer sua filha? Depois de fazer essas perguntas irá conhecer-se melhor em relação a esse episódio e poderá ter mais controle sobre a

A história de nós dois

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A primeira vez que assisti esse filme eu não gostei muito, mas onze anos depois tenho olhos novos e o assisti de forma diferente. Ele retrata bem um processo de reavaliação conjugal. E mostra com humor os pontos onde a maioria de nós se perde. O desejo da mulher de mudar o marido e transformá-lo no companheiro perfeito. A dificuldade dos homens assumirem um compromisso com carga emocional mais forte e consequente tentativa de trazer a mulher para turma divertida dele. E a confusão que isso dá! A influência de nossos pais, as dificuldades com os amigos e a vontade de proteger os filhos. O vai-e-volta da relação, o medo da decisão errada, as dúvidas e até as tentativas de terapia frustradas. E aí como em todo filme, eles pecam com o clichê preconceituoso de que nessas coisas não se obtém ajuda de profissionais, que sozinhos é que resolvemos tudo... Desta vez gostei e acho válido, para quem está em vias de se separar e para quem não está. Bom filme! Leia também: Um novo casamen

Aquilo que sai da Boca

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A @ FLORALBELA sugeriu um tema: “Gostaria que você falasse da “palavra”” Vamos lá, achei interessante, pois este tema é a ferramenta de meu ofício, eu trabalho com a palavra. Elaboramos nossos pensamentos e emoções por meio dela. E muitas vezes é ela que nos causa perturbação. São nossos mal entendidos e interpretações próprias do que o outro fala que nos fazem sofrer. Muitas mágoas são provocadas por palavras ditas e entendidas erradamente. Os indianos dizem que é preciso ter muito cuidado com ela, pois depois que é jogada ao vento não tem volta. O silêncio é considerado muitas vezes mais valioso e mais sábio por eles. Mas a palavra bem usada cria beleza e emoções positivas, encanta e conforta. Às vezes só precisamos de uma frase, outras nem um discurso inteiro é capaz de mudar nosso rumo. A palavra é considerada uma arma que tanto liberta como aprisiona. Faz revoluções, é invólucro de ideias. Nossa cultura nos dá overdose de palavra escrita e falada, às vezes sem nos dar