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Mostrando postagens de junho, 2011

Amor e Estudo

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Já falei aqui que se relacionar afetivamente dá trabalho (texto Cada cabeça um país ). Vou falar de novo, porque acho que precisamos nos dar conta disso para podermos viver melhor. Casar dá trabalho e demanda estudo. Ficou surpreso? Você é daqueles que acha que é só amar e está tudo resolvido? Que não se pode estudar sobre como amar, porque perde a espontaneidade? Das duas uma, ou você já nasceu com a sorte de amadurecer rápido e eficientemente, sem muito esforço, como um virtuose ou está penando, mas não admite. Se acha que está bom viver assim, esse não é uma texto para você. Escrevo para os que acham que não está bom. Claro que não dá só para estudar, tem que ter a prática. Você faria uma cirurgia com um médico que nunca fez residência? Ele pode ter sido um ótimo aluno teórico, mas precisa treinar reflexos e criar saídas, que só enfrentando a situação se desenvolve. Mas também se ele não estudou a teoria antes, vai errar muito mais. Se a gente estuda para tudo na vida, po

Homens não ouvem, Mulheres falam demais

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Jane Sandeis Tradução – Eidi Baltrusis C. Gomes São Paulo: Cultrix, 2008 175p Este livro tem um subtítulo que define sua intenção “O enigma da comunicação entre os sexos”. A autora, uma especialista americana em comunicação entre os sexos, com mais de vinte e cinco anos de experiência no assunto, começou a se deparar com a questão na infância, tinha dois irmãos e não os entendia. E mais tarde, no mundo dos negócios, a coisa toda piorou, o que a levou a estudar profundamente o assunto. Ela nos ajuda a conhecer os estereótipos, modelos cristalizadores equivocados de compreensão; as reais diferenças biológicas e sociais que influenciam os estilos de comunicação masculina e feminina, como elas causam mal-entendidos e percepções errôneas e sugestões de como se comportar de modo mais eficiente para uma boa comunicação, ou seja, onde ambos sejam compreendidos. Outro ponto que achei interessante foi quando ela fala sobre comunicação indireta, quando insinuamos algo e queremos que o out

Cada cabeça um país

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Se pensarmos bem, entenderemos que cada pessoa é uma representação de um país, com cultura, valores e principalmente linguagem própria. Acredito que, em parte, por isso é tão difícil se relacionar com pessoas. Ouço muito a frase “ele/ela é totalmente diferente de mim!”, isso vindo de casais principalmente. Será que nunca ninguém foi além dessa frase? Perguntas como: Porque, ou como, ele/ela é diferente? O que o faz diverso? Como me relacionar com essa diferença? Quando foi que comecei a perceber isso? E quando foi que isso começou a me incomodar... São perguntas simples, mas que não ouço. O que escuto é a constatação de que é diferente e, portanto é incômodo e ponto final. Ah! E que o outro deveria mudar... Daí olham para mim, como se eu fosse sua aliada contra o inimigo e por isso darei justificativas e argumentos científicos para persuadir o outro a mudar. Ainda não vi ninguém chegar e dizer, quero elaborar estratégias para conviver com este ser diferente!! Cada um tem uma li

“Todas as flores são perfeitas”

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O título deste texto foi tirado de um filme, “ O Último Samurai ”. Esta frase me impressionou por ter sido o ápice de uma busca por perfeição do personagem Katsumoto, e a compreensão lhe chegou no momento de sua morte. O samurai viu que o que ele tanto buscava já estava ali o tempo todo. E não existia uma perfeição, uma específica, única. Tudo estava perfeito. Existia harmonia em tudo. Passamos a vida toda atrás de melhorar e isso é sempre jogado para o amanhã. O futuro vai ser melhor. O passado já foi melhor um dia. E o presente é sempre uma desgraça. Porque é nele que vivemos e costumamos achar que não vivemos bem, que sempre falta algo somos incompletos e buscamos essa completude na perfeição, ou melhor, na ideia de perfeição. Penso que perdemos um tempo danado de vida insatisfeitos, buscando melhorar. E quando chegamos ao fim da jornada não queremos morrer porque falta fazer muita coisa, uma delas, viver. Pode ser uma coisa já muito batida o que eu vou dizer, mas só se vive

Ressonância – A nova química do amor

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Bárbara Miller Fishman, PhD. Tradução – Pedro Ribeiro Rio de Janeiro: Rocco, 1999 282p Para quem acha que relacionamento não tem manual, vai aí mais um (dentre tantos que já li). Muito útil as ideias que a autora, uma terapeuta de casais, reuniu ao longo de trinta anos de trabalho. Neste livro ela descreve um tipo de relacionamento, ressonante que todos almejamos, mas poucos reproduzem. E para isso ela classifica três tipos de visões de amor que é aquilo que você espera de um relacionamento, incluindo aí crenças e aprendizados. Ela classifica como relacionamento de Troca, aquele em que a s necessidades individuais estão em primeiro lugar. Relacionamento de Fusão, aquele que as necessidades do outro e do casal prevalece. E relacionamento Ressonante, aquele que sabe misturar união e separação, individualidade e comunhão. Sugere ferramenta para exercitar essa ressonância, como focalização (entrar em contato com sua voz interior), visão dupla (poder captar os sentimentos e pensamen

Sexo Obrigatório?

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Nem todo mundo aprecia o sexo... Outro dia na novela das nove, na Globo, uma garota, que até então não via nada demais em fazer sexo, disse, depois de uma transa “especialista” (que reedita o mito do homem que sabe fazer) disse que agora entendia porque muita gente não gostava de sexo, era porque não tinha transado “direito” que quando alguém faz sexo certo tem tanto prazer que não pára de querer transar nunca. Achei tudo muito antigo nesta personagem “moderna”. Primeiro, ela ainda acha que o sexo foi feito nela, alguém de fora que nem a conhecia, sabia todos seus pontos sensíveis. E ele é que fez isso com ela, o sexo foi bom por causa dele; ela é um ser passivo, que recebe o conhecimento de alguém tarimbado no assunto. Pode até ser que exista, ainda, esse tipo de experiência no mundo, mas nem sempre o que acontece é, ou deveria ser, regra de comportamento. Hoje a mulher sabe que é responsável pelo seu prazer no sexo, não existe o Don Juan aquele que sabe extrair gozo. Segundo,