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Morte

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Os olhos abertos e vazios janelas de uma casa sem morador. O pulmão contraído. E numa expiração o ser se lança no universo pra nunca mais voltar. Na morte o corpo tem uma necessidade plena de esvaziar. Artérias secas, a matéria dura e fria. Para onde foi seu morador? Pra onde foram os contrastes? Qual o sentido? O que acontece é: num momento há um ser, Depois um corpo desabitado. É um truque que o mágico nunca explicou. Nanda Botelho 22/09/95