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Mostrando postagens de abril, 2011

Luz Invisível

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A @FLORALBELA, querida do Twitter, sugeriu duas palavras para um texto, melhor, dois textos, mas resolvi juntar as duas. Foram elas: “Luz” e “Invisível”. Achei interessante, pois é como uma anulasse a outra, porque a luz faz do invisível algo que se pode ver. Mas as duas têm muito simbolismo na vida espiritual. Luz está ligada à consciência, à capacidade de ver a vida de uma forma diferente, diz-se de alguém com a consciência ampliada que ela é “Iluminada”, cheia de luz divina. Este estado de mente é almejado por todo iniciado no caminho espiritual. O invisível está ligado à essência, ao núcleo puro das coisas, que não são acessíveis aos olhos comuns. O invisível, se sente é uma experiência. Não se pode falar dele, o invisível se experimenta. E dessa vivência se ganha luz, ou melhor, se revela a luz já existente, porém não percebida por olhos pouco treinados. Temos medo de ser invisíveis e terminamos buscando holofotes o tempo todo. Trabalhamos para aparecer e marcar a vida.

Onze Minutos

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Paulo Coelho São Paulo: Editora Planeta, 2007 253p Achei interessante a forma como Paulo Coelho abordou o tema sexo. Como eu vi, ele fez uma linha paralela entre a maneira como a maioria aprende e experimenta essa faceta da vida com a trajetória de uma moça que se torna prostituta. Ele fala dos desencontros emocionais, da falta de conhecimento que temos sobre o que fazer, no sexo e nos encontros amorosos, as decepções, os traumas e medos de experiências futuras, as repetições de padrão, as promessas que fazemos por esperança ou medo. Mostra como ficamos afetivamente fechados depois de algumas experiências mal sucedidas. E como subutilizamos essa oportunidade de encontro com o outro. Achei interessante o paralelo que ele faz com a conduta sado/masoquista. Fica parecendo que no início de um relacionamento todos nós usamos as táticas de domínio e dominado, dessa brincadeira sexual. Tive a impressão que a personagem central era muito arrogante, achando que sabia de tudo sobre amo

Mão no Fogo

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Uma vez me perguntaram: Você põe sua mão no fogo por seu companheiro? Minha resposta foi, prefiro me queimar a viver com medo. Ponho minha mão no fogo, não com a certeza que não vou me queimar, mas com a idéia de não temer uma experiência. Passei parte de minha vida com medo, evitando um susto, uma dor... Não valeu de nada, tive todas as dores que tentei evitar. Eu, agora, vou ao encontro dela, se doer sei que posso me curar e as cicatrizes levo como marcas de meu aprendizado. Elas, as cicatrizes, não doem, são apenas história que aconteceram e me trouxeram sabedoria. Sabedoria para entender que sou responsável pelo que me acontece, são minhas escolhas que me levam às situações. Parte dos meus tropeços tem a ver com minha preguiça. Preguiça de ficar atenta, de ficar alerta, para poder me mover antes do machado cair, um segundo antes. Minha lerdeza produz minhas feridas. Eu compreendo e me perdôo. Aos outros eu não preciso perdoar, não me fizeram nada que eu não permitisse, muitas

Você está louco!

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Ricardo Semler Rio de Janeiro: Rocco, 2006 255p Comprei este livro porque li uma entrevista com o autor sobre sua escola (Lumiar) e muito me interessa inovações na educação. E me surpreendi com a vida de aventura do autor... Mas diga-se, não é um aventureiro qualquer. Ele faz aventuras no viver, estuda, planeja e age com ousadia, experimentando em todas as áreas da vida. Negócios, arte, literatura, viagens, relacionamento com pessoas, educação, computação, política. Neste livro ele conta, capítulo a capítulo, suas incursões nessas diversas áreas e o que ganhou com isso. Gostaria que tivessem no mundo mais pessoas com esse espírito; curioso, inventivo, experimentador, quase um cientista da vida. Achei que esse é um tipo de personalidade “fermento” que faz crescer quem e o que estiver por perto, crescer no sentido saudável de amadurecimento. Gostei de tudo que li e vibrei muito com sua vida excitante. Mas particularmente gostei do capítulo que fala da Lumiar, uma escola para g

Com quem eu trabalho

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Muitas pessoas me perguntam se eu trabalho para pessoas “loucas”. E trazem seu conceito pré-estabelecido da ajuda psicológica. “Quem precisa da ajuda de uma psicoterapeuta é doido”. Pois bem, vou dizer com que tipo de pessoa eu trabalho. Na maioria das vezes pessoas saudáveis, que chegam num ponto, na maioria das vezes chamado problema, que os fazem entrar em conflito ou sofrimento psíquico, por não conseguirem ser criativos o suficiente para resolvê-lo. São problemas familiares (filho, marido, sogros, empregados domésticos, etc.), no ambiente de trabalho (chefe, colega, função insatisfatória, etc.), no relacionamento amoroso (brigas, desacertos, falta de um, relacionamento doentio), dificuldade consigo mesmo (excesso ou ausência de peso, baixa estima, sensação de incompetência). Ou mesmo uma mudança inesperada da vida, como uma doença ou acidente consigo ou com alguém próximo. Repito, são pessoas saudáveis, com certo nível de sofrimento psíquico, que não estão dando conta das