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Mostrando postagens de julho, 2011

Fazer ou não fazer, eis a questão

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Recentemente estava conversando com uma pessoa e tentando fazê-la enxergar sua própria responsabilidade em um assunto que a estava incomodando. E percebi muita resistência em simplesmente admitir, era só constatar: O outro tinha sua parte no assunto, mas eu também não fiz isso ou aquilo e contribui para o problema. Pensando sobre esse evento entendi que a pessoa não estava resistindo a admitir, ela estava resistindo a fazer alguma coisa. Vi que se ela assumisse sua responsabilidade, achava que teria que se mexer, teria que realizar coisas que não estava com vontade. Então o mais fácil era negar tudo, inclusive o óbvio. Gostaria de dizer que descobri que não somos obrigados a fazer algo, depois de uma constatação. A nossa escolha pode ser apenas: Eu não gosto disso, mas ainda não quero fazer nada a respeito. E isso não diminui em nada nosso valor. Esqueçamos os filmes de Hollywood, as frases de efeito e as exortações mais comuns. Façamos diferente, sejamos realmente livres! Eu

Poesias que li e Gostei

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Cezanne Bathers 1890 Descobri que gosto de alguns tipos de poesia, defini como filosóficas, talvez... Mas percebo que tem uns escritos que me dizem coisas e outros não. Resolvi, então colecionar estes poemas parecidos comigo. O primeiro será um de Adélia Prado, que li numa revista. Argumento Tenho três namorados. Um na Europa que é um boneco de gelo. outro na cidade vendo futebol no rádio e o terceiro tocando violão na roça. Todos mamíferos, sangue vermelho e ossos friáveis. Um deles cuspiu no chão, o que escolhi para casar. Mesmo tendo feito o que fez, só ele me perdoará. Adélia Prado (livro A Duração do Dia, ed. Record) Achei inteligente a escolha dela, só quem erra pode perdoar. E isso é um requisito importante para o conjuge. O quadro de Cézanne, eu imaginei que eram os três amantes destacados, mais alguns que ainda poderiam vir... Bjs! Para saber mais clique em: A Duração do Dia Adélia Prado Paul Cézanne

Vida Poética

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Religião é feito poesia. Não é uma comunicação que está na cara, é mais como um texto cifrado. É preciso decodificá-lo e nem sempre o melhor caminho é o uso da razão. Eu tenho dificuldade com poesia, não gosto de ficar muito tempo tentando saber o que o autor quis dizer com tantas figuras de linguagem, normalmente prefiro o texto direto, uma prosa enxuta. Quando me atrevo a escrever algo parecido com poesia é sempre com palavras objetivas e diretas, mas sei que para quem aprecia o estilo poético, bom mesmo é ir descobrindo pouco a pouco o segredo do poema. Penso que religião ou a religiosidade (porque não estou falando aqui sobre instituições e sim sobre um estado mental e os rituais que despertam este estado) é um poema a ser desvendado, um mistério em que o núcleo está escondido e só indo muito profundamente, devagar, e com dedicação você toca. E quando chega lá é uma experiência, não uma explicação, que você encontra e isso não é possível de passar para outra pessoa. A úni

M.Pokora - A nos actes Manques

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A Vanessa do Fio de Ariadne nos convidou para uma blogagem musical o Soltando o Som 2ª edição, com a sugestão "O que anda tocando na sua cabeça agora ou que não pode parar de tocar nunca." Então, aí vai o que está tocando agora na minha cabeça! Esta música é tocar e dançar, desafio você ouvir e não mexer nada! rrsrs É um tipo de som que me faz alegre pra cima, estou ouvindo tanto que quase já sei falar francês... Quero agradecer ao M. Pokora, pela brilhante ideia de gravar esta música e me fazer dançar muito! Dance também!!!! Abaixo o Link da letra (para cantar bem alto) e a tradução (para saber o que está cantando!) A nos Actes Manques Uma Lista das músicas da minha infância e adolescência, que me marcaram: A filha da Chiquita bacana - Caetano Veloso Mulheres de Athenas - Chico Buarque Palco - Gilberto Gil Music and me - Michael Jackson Clarear - Roupa Nova Quando o carnaval chegar - Quarteto em Cy Gipsy - FleetwoodMac September - Earth, win

Uma Bandeira mais alta

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Um dia desses assisti no programa Mais Você, ( veja no YouTube ) uma entrevista com Antônio Bandeiras e me peguei tendo inveja dele... De sua serenidade, centramento, conhecimento, daquilo que ele conseguiu extrair de sua estada na terra. Ele tinha uma resposta boa para as perguntas feitas, a forma como se relacionava com sua família, o trabalho de compartilhamento na sua fundação, a relação com o alimento e com suas rugas. Pensei que ele representava uma vida bem vivida, bem aproveitada. E acho que uma resposta dele me fez pensar assim, quando ele falou sobre o que mais tinha gostado do seu trabalho como ator: a oportunidade de viajar e conhecer modos diferentes de viver. Claro que não precisamos fazer isso só viajando, mas acredito que experimentar e reconhecer culturas diferentes em países ou indivíduos (que são países mais móveis) é uma das melhores formas de gastar seu tempo aqui. Desfrutar de paisagens naturais e pessoais, contemplar, admirar, observar e adicionar isso à

A Espera

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 A Espera Pinta Flores Nino Ferreira O trágico na mulher: Ter que esperar a iniciativa do outro O telefonema no dia seguinte, O convite para sair, O desejo de transar, A vontade de casar. Há séculos as mulheres esperam, Mas quando tomam a iniciativa, Cansada de esperar o desejo masculino, São taxadas de pouco femininas... é saber esperar, Mas será que Ficaremos para sempre a olhar ansiosas para ver Nosso desejo refletido No desejo do outro? 16/11/09 Nanda Botelho Inspirado num quadro de Nino Ferreira - A Espera Pinta Flores (2007) Além de talentoso, Nino é um amigo dos melhores, gentil, prestativo, honesto. Pessoa da melhor qualidade que tive a sorte de conhecer. Espero para ele todo o sucesso e alegria que a vida possa lhe dar! Obrigada pelo seu afeto! Para conhecer seu trabalho é só clicar em seu nome, abaixo do quadro! Leia também: Amor e Estudo

Amém

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A religião não tem lógica e não pode ser entendida através da cognição, do racional. Acho que é por isso que os pensadores a repudiam, não vêem sentido nos atos e rituais religiosos. Esta é uma coisa que se sente, não precisamos entender ou explicar, não precisamos de provas de verdade. Ela faz parte de outro aspecto do ser humano, um mais intuitivo, até mais infantil mesmo, o mundo mágico que também é real e concreto, apenas diferente e complementar ao mundo intelectual. Sem ela a vida perde o colorido, fica só trágica e sem sentido, talvez seja por isso que algumas pessoas muito materialistas terminam se matando, acho que elas amputam de si uma parte importante para a saúde. Tanto quanto intelecto. Religião não se explica, se vivencia se experimenta. Por muito tempo eu questionei, porque pessoas inteligentes se aferravam à religião, já que toda base era fantasiosa com deuses construindo o mundo em seis dias, virgens dando luz, mortos ressuscitando. Para mim tudo parecia faze

Casais Inteligentes Enriquecem Juntos

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Gustavo Cerbasi São Paulo: Editora Gente, 2004 Um bom livro para essa nova fase do Brasil. O autor ensina como lidar com dinheiro, usando de planejamento para criar independência financeira. Um conceito fantástico de fazer o dinheiro trabalhar para gente e usar os bancos a nosso favor. Acredito que precisamos aprender a lidar melhor com o dinheiro. Devemos querer prosperar, mas sem esperar milagres. Saber que podemos, com raciocínio e perseverança criar, nós mesmos, as riquezas que desejamos. É ser o senhor do dinheiro e não o contrário. Gustavo Cerbasi é um professor de finanças, que sugere aprendermos a poupar e ter dinheiro antes das compras. E no final do livro diz que esse hábito pode até reverberar num país mais rico. Pois os juros baixariam, as empresas teriam melhores condições de ter dinheiro para crescer, tendo mais riqueza em circulação e o mercado teria um comportamento mais previsível. Penso que devemos mesmo aprender a lidar com o dinheiro, saber poupá-lo e gastá-

As Diferenças

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Li recentemente um livro, já antigo, da década de 90, sobre relacionamento. ( Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus ). E uma frase me chamou atenção: “Homens e mulheres pensam e processam as informações de maneira muito diferentes.” O livro fez muito sucesso, já se passou uma década e ainda não aprendemos, de verdade, isso. Ainda hoje escuto a reclamação básica: “Se fosse eu não faria assim...” É, mas o outro não é você. Ele é di-fe-re-te! E não é porque é homem ou mulher é porque é outro. Já me deparei com casais do mesmo sexo, com os mesmos problemas. Precisamos, se queremos ser felizes, aprender, de uma vez por todas que o outro não é um reflexo seu, não é uma extensão. Devemos sair do nosso narcisismo, nosso egocentrismo, de achar que só nós sabemos o que é melhor para viver. Eu ainda não ouvi alguém contar uma história dizendo que ela é o vilão. Somos sempre heróis em nossas histórias. O outro é o coisa ruim, o que faz tudo errado, o insuportável; seja o vizinho, o mari