Postagens

Mostrando postagens de março, 2010

Arrasa Quarteirão

Imagem
Estava lendo outro dia uma matéria sobre um “filme de sucesso”, que o descrevia como desbancando os “blockbusters”, ou seja, muita gente assistindo, muito dinheiro entrando... Pensei, será isso sucesso? Será que uma pessoa só se sentirá conquistando algo quando arrebanhar milhões de pessoas? E quando isto não acontece? É fracasso? E as pessoas que vivem apenas para dezenas de outras, são perdedoras? Vejo que temos gana de milhões, queremos ser populares arrebatar muita gente, ser alvo do olhar de muitos. Medimos nosso êxito pelo número de par de olhos que atraímos para nós. Fico me lembrando das crianças que tudo que fazem pedem o olhar dos pais, é um tal de “pai olha”, “mãe vê” que não acaba mais. Acho que crescemos com essa necessidade do olhar do outro para existir, algo assim: Se olham para mim, logo existo. E mais, sou especial, importante. Fome de atenção? Sentimento de insegurança e inferioridade? O que nos move nessa busca por reconhecimento e aprovação? Queremos ser vistos, co

Quem quer ser feliz?

Imagem
Não é estranho que o desejo número um da população não seja sempre realizado? O que acontece? Já se perguntaram? Todo mundo quer ser feliz... Mas pensamos que a felicidade é para poucos e com certeza chega mais fácil para o vizinho do que para nós! Conheço muita gente insatisfeita, pensando que se sua vida fosse mais parecida com a de tal fulano que ele conhece seria melhor... Ou às vezes ouço uma pessoa declarar que é feliz, mas no cotidiano, briga com todos, no trânsito dirige sem gentileza, não tem paciência com os filhos, no trabalho anda desanimado. Que felicidade é esta? E o que é esta danada? Claro, já tem ciência estudando isto ( Felicidade Autêntica ) e eu já falei disto aqui. Mas será que já nos ocupamos de verdade em conhecer o que é a nossa felicidade? E quando fazemos isto será que não a jogamos em cima dos outros e dos eventos da vida? Como se eu tivesse tal emprego que seria feliz ou se o fulano/a me desse bola eu ficaria radiante ou se eu pudesse fazer aquela plástica.

Ciúme

Imagem
Acredito que o ciúme é um sentimento, ou melhor, uma sensação, um impulso que aparece em pessoas imaturas... Vejo que ele existe quando a gente gosta do outro de forma infantil. Uma criança não sabe dividir atenção, porque entende isso como abandono e risco de ser deixado, portanto para uma criança esse comportamento é coerente, pois ela está defendendo sua sobrevivência. Já no adulto, parece fora de propósito, no meu entender um adulto, no sentido completo da palavra, não deveria ter esse medo. Um adulto já deveria saber que sobrevive sem a companhia do outro, tornando-o, mas seguro de si, apesar do risco do ser amado ir embora. Para mim um ser amadurecido ama de forma libertária entendendo que o outro é livre para escolher como e com quem viver sua vida, não haveria possessividade, desejo de dominar e prender o amado. Se ou quando ele quisesse o parceiro ficaria feliz com sua escolha porque saberia que ele/ela estaria indo para o seu melhor. Não é que não fosse ficar triste com sua p

A Roda da Fortuna

Imagem
“A Roda da Fortuna aponta para grandes mudanças diante de nós, que somos forçados pelo destino a realizar. Quando aceitamos esse destino, podemos moldá-lo e vivenciá-lo indo ao encontro do lado positivo e favorável da Roda.” Fonte: Guia Completo do Tarô, Hajo Banzhaf Floral:    Walnut – Proteção à mudança, adaptação. Esta carta nos ensina a tirar proveito de mudanças que estão fora de nosso controle, de um simples engarrafamento não esperado, à perda de alguém amado. Ela representa o momento que o vento muda e nos estimula a sermos criativos, no posicionamento das velas; ou ajustando para não perder a rota ou deixando o barco mudar o curso. Gosto de vê-la sempre positiva, como momento de crescimento e compreensão. Constate a mudança e veja o que é melhor fazer dentro dela. Namasté! Outros oráculos: O Hierofante O que perguntar ao tarô. A Torre

Perdas e ganhos

Imagem
Vocês já repararam que em toda escolha que fazemos há vantagens e desvantagens? Eu ainda não vi nenhuma opção minha que não fosse assim. Se escolho estudar, por exemplo, eu ganho conhecimento e desenvolvo meu intelecto. E isso é bom, mas no momento que estou fazendo isso, perco de aproveitar um bom dia de sol ou de encontrar amigos, assistir um filme, etc. etc. Sempre que fazemos uma escolha abrimos mão das mil possibilidades outras que a vida oferece. E o pior, sabemos disso, temos plena consciência dessa impossibilidade de conciliação... Ser humano não é fácil, esse presente que a existência nos deu, a consciência, torna tudo muito complicado. Os animais não têm plena consciência do que estão perdendo, nós temos e isso gera sofrimento, escolhemos algo sempre de olho no que estamos perdendo... Bom, a minha solução para isso foi: depois que faço uma escolha me foco nas vantagens. Sempre acredito que minha escolha foi a melhor para mim e que suas vantagens são as melhores no momento, qu

Vaca Profana

Imagem
Esta música é como a maioria das letras de Caetano, dá a impressão que entramos num mundo onírico de devaneios sem sentido, mas como puro símbolo, podemos interpretá-lo da forma que quisermos. Para mim, existem algumas frases que gosto de repetir com um sentido próprio. São elas: Primeiro: “Vaca profana põe teus cornos para fora e acima da manada.” Quando digo isso, estou me referindo a sair do comum, do comportamento “normal”, igual, esperado. Chamo as pessoas para sua particularidade, seu existir só. Ousar se antenar com outra realidade. Cornos são como antenas que nos ligam ao universo, ao todo. Para fora e acima é ser você é ter coragem de sobressair de ser único. A outra frase famosa dessa música é: “De perto ninguém é normal.” Muita gente usa essa frase no sentido de que na intimidade vemos as imperfeições do outro, suas manias, medos, taras, seus desvios. Sim, na intimidade nos desnudamos da mascara/fantasia de seres absolutos, sem falhas. Mas o que eu mais gos

Água

Imagem
Como algo tão abundante e banal se transforma em preciosidade? Nosso desleixo pelo que encontramos em abundância está prestes a ser modificado. Sempre tivemos uma postura de criança mimada a respeito dos elementos que nos compõe, os alimentos, o ar, a água. Até parece que não dependemos deles... Maltratamos, estragamos, não reverenciamos porque eles estão ali ao alcance da mão para quando precisarmos, temos olhos para guardar apenas ouro e diamante, papéis com ideias e objetos de arte. O simples, o que apanhamos fácil não damos a menor importância. Pois bem, o que não se cuida acaba, deteriora e isso vem ocorrendo com as nossas substâncias de sobrevivência principalmente água e ar. Para nossa sobrevivência precisamos acordar urgentemente e cuidar disso, tratar como ouro e diamante. Não para cobiçar e desejar ter controle sobre, mas para reverenciar e sacralizar a existência. Dependemos disso, mas não vivemos como se soubéssemos disso. Normalmente tratamos escravos com desrespeito

Nell

Imagem
Ver sinopse Já sei, vão dizer: Filme antiiigo... Mas vocês já devem ter percebido que meu intuito aqui não é mostrar lançamentos, e sim dicas de crescimento pessoal. Então esqueçam que o filme é de 1994! Trouxe-o porquê quando o assisti estava na faculdade de Psicologia e minha supervisora, uma grande mestra a quem eu agradeço ter conhecido, o citou como exemplo da importância da escuta. Como Nell tem um dialeto e uma cultura própria, diferente da dos cientistas que a descobrem, estes acham que ela vive “errado” e que eles precisam “ajudá-la” a viver melhor. Obviamente dentro de seus padrões de qualidade. Então primeiramente eles não a escutam e partem da idéia de que ela precisa ser salva. E começam a estragar com a vida da criatura. Só quando eles realmente a escutam e entendem seu estilo de vida e linguagem é que compreendem que quem realmente estava mal eram eles. Bom, minha professora nos fez assistir ao filme justamente para não cometermos o mesmo erro, precisaríamos escutar

A difícil arte de dizer sim e não

Imagem
Venho percebendo que temos uma dificuldade imensa de usar essas duas palavras. O não é impor limites, reconhecer fronteiras, selecionar. O sim é afirmar, abrir-se, tornar-se vulnerável. Cada uma tem seu momento certo e quando estão em equilíbrio podemos dizer que temos uma vida boa. Mas não sabemos quando dizê-las. Confundimos seus momentos e às vezes exageramos na dose de uma delas. Acho que essas palavras são como sal e açúcar em nossa cozinha, essenciais e maravilhosas se sabemos dosar bem. Elas dão gosto à vida. É como cozinhar; é uma arte, usar sim e não também é. Então como descobrir quando dizer uma e dizer outra? É preciso primeiro se ouvir, profunda e verdadeiramente. Como mentimos muito para nós mesmos, achamos que podemos o que não suportamos de verdade. E às vezes nos limitamos em coisas que poderíamos ir muito mais longe. Neste caso o exercício de se escutar é primordial, conhecer-nos com exatidão. Depois ouvir os outros e o ambiente, pois nossos sins e nãos geralmente es

Como atrair seu parceiro ideal

Imagem
Linda Georgian Tradução: Eliane Fraga Rio de Janeiro: Record, 2001 320p Copyright 1999 Um livro cujo tema é a lei da atração aplicada ao relacionamento amoroso. A autora se propõe a dar sugestões que facilitam o encontro com uma pessoa especial. Ela começa explicando que antes de sair à busca, é preciso se preparar, desenvolvendo em si aquilo que procura no outro. Neste ponto fala de auto-estima, confiança, viver em amor e uma coisa que me chamou atenção que é desenvolver as várias áreas da vida como hobby, família, carreira, crescimento pessoal e isolamento; sim, um tempo para estar consigo mesmo. Ela diz: saia do foco amplie o prazer de viver! Também explica a lei do espelho, que diz: atrairmos semelhante; este é o método de autoconhecimento mais prático que já vi, é batido, mas funciona. O livro é organizado em partes como preparação e atração, manutenção e liberação. Há dicas boas de todas essas fases e o que me impressionou é que a autora não dá só exemplos que funcionaram como pa

Educação Espiritual

Imagem
Educação. Acredito que tudo pode ser melhorado através dela! Não só cultura, o conhecimento dos feitos humanos, mas principalmente a convivência, a condução de nossas emoções, o refinamento espiritual. Penso que um dos melhores professores que tivemos foi Jesus em seu estado Crístico. Uma mente refinada, como a de um Buda, energética, em paz e agindo em sua palavra. Diziam que ele falava com autoridade, isso só se encontra em quem pratica o que diz. Bom, a educação é um meio de melhorarmos nossas vidas, quando nos educamos gerimos de maneira mais adequada nossas metas, emoções e realizações. Educados somos mais gentis, mas receptivos. Veja, eu não falo só de educação escolar, mas a que leve à sabedoria. Aquela que no oriente se faz através de um mestre iluminado. O ensino que leva a uma consciência elevada. Cultura é bom, mas refinamento espiritual é melhor. Podemos buscar esse tipo de ensino, agora, inclusive é urgente, penso que só através dele podemos fazer as mudanças necessárias p

Controle das Emoções

Imagem
Descobri um grupo em São Paulo, Núcleo Ser que faz um trabalho com os mesmos princípios que os meus. Achei legal mais pessoas acreditarem que podem viver uma existência melhor ao se conhecer mais e descobrir potencialidades e limitações. Eu vi em meu próprio percurso que mesmo com o mundo do jeito que está é possível existir de forma alegre e gratificante, mas que a chave para isso é o autoconhecimento. Preparando-se para a realidade do mundo e a sua própria, você pode encontrar formas criativas de solucionar questões cotidianas. Muito do foco do Múltiplas Realidades é ativar a reflexão sobre novas formas de ver o comum, é uma extensão do que eu faço no consultório. Só tem uma coisa, na propaganda desse serviço, que eu coloco em reticências... Eles dizem que podem fazer isso de forma rápida e propõe trabalho de finais de semana prometendo reflexão profunda. Bom, eu estou nisso há 18 anos, desde 1991, e passei uns bons anos para chegar a ter a recompensa da substituição de pensamento.

Transformação

Imagem
“O ser humano se transforma e a transformação chega como uma brisa que move as cortinas ao amanhecer, como o perfume suave das flores silvestres escondidas na mata.” Fonte: Desejo-lhe feliz mudança! Lídia Mª Riba, copiladora. Interessante essa visão de mudança, ela vem devagar suave e perfumada, pena que quase nunca a vemos assim... Normalmente vivenciamos transformações como transtornos, mesmo quando são felizes. E nos sentimos atrapalhados por elas como se fossem repentinas, inesperadas e terríveis. Vejo que tudo vive se modificando e as grandes mudanças não ocorrem de repente elas entram suavemente aos poucos e porque não as enxergamos logo, às vezes, transformam-se em tempestades. Lembrem-se as transformações podem ser suaves e perfumadas também! Namasté! Leia também: Construir na areia Ideia e esforço Seja amigo do sexo

Como nos educar?

Imagem
Educamos nossas crianças com muito medo que elas se tornem mau caráter. Parece que acreditamos que o caminho natural do ser humano é a selvageria. É um conflito, nos colocamos acima dos animais no que se refere ao comportamento, mas lá no fundo é como se acreditássemos que a qualquer momento nossa fúria ancestral virá à tona e só encontrará destruição. Então tratamos de reprimir esse ser interior, nas crianças, com ensinamentos tão rígidos, às vezes, que o resultado é justamente o oposto; esse monstro termina por aparecer. Sei que há evidências grandes de nosso comportamento destrutivo, mas será mesmo que essa é uma natureza real em essência e a qual devemos comprimir para desaparecer? Ou se apenas aceitássemos que nosso corpo tem aspectos animais e os amássemos, ele não iria naturalmente para seu aspecto mais refinado? Será que realmente a única forma de lidar com o nosso cavalo chucro é batendo nele e o humilhando? Será que a única natureza que temos é a do mau caráter que precisamos