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Mostrando postagens de janeiro, 2011

O Espírito do Zen

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Alan W. Watts Tradução: Murilo Nunes de Azevedo Porto Alegre, RS: L&PM Pocket 139p Este é um livro que foi publicado pela primeira vez em 1936 e o autor tinha 20 anos, nesta época o Zen budismo não era conhecido no ocidente. Então este é considerado um clássico sobre filosofia oriental. E o autor uma das pessoas que introduziu essas ideias no mundo ocidental. O Zen-budismo é uma escola budista que floresceu na China, primeiramente e depois se instalou no Japão, dando base para várias outras escolas como a arte do chá, o bushidô (arte cavalheiresca dos samurais), o Jiu-jitsu (método de defesa sem armas). Consegui compreender melhor a não filosofia do Zen, o captar todo o ensinamento diretamente, da experiência sem a interferência da mente explicando tudo. Ser Zen não é ser calmo, alheio, como a maioria de nós costuma pensar. Acho até que é o contrário, é estar tão imerso na vida, tão acordado que nem parecemos nos mexer, pois estamos nos movendo com a vida, em harmonia com

Que nome eu dou?

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Terceira pergunta da @ auddymy : “Então eu não amo?! E qual o nome dado ao que sinto?” Quando respondi o comentário eu disse que poderia dar o nome que achasse melhor, o nome em si não importa o que me ocupa é a consciência do que sentimos, o nome é para facilitar a explicação. O importante é saber que não aproveitamos bem a fonte amorosa que passa por nós. O principal é saber que podemos aumentar a qualidade da expressão afetiva, se tomarmos conhecimento de que mutilamos o comportamento amoroso e damos a desculpa errada a nossas atitudes destrutivas, chamando tudo de amor. Se sufocamos um filho com excesso de zelo e nos intrometemos em suas escolhas, chamamos isso amor. Se perseguimos um amante, vigiando todos seus passos, até o outro se sentir um criminoso, dizemos que é porque o amamos. Se nos metemos, invadimos mesmo, a vida de um amigo, é porque nos importamos e... O amamos muito! Tem gente até que matou usando essa desculpa. Fazemos coisas antiéticas e destrutivas, mas qu

Amor Infinito

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Vamos à segunda pergunta da @ auddymy : “Se o amor é um fluxo de energia, isso quer dizer que ele nunca acaba?” Esse conceito de amor como um fluxo energético é difícil de compreender, porque temos a tendendência de reduzir o amor ao afeto romântico, aquele que trocamos com o cônjuge ou o afeto parental, o que sentimos por nossa família. Fiquei pensando se a preocupação de @auddymy não foi essa... Vemos diariamente o amor romântico se acabar, resultando na separação do casal, que tempos atrás afirmou amor eterno. Como o amor não acaba e acaba ao mesmo tempo? Penso que podemos ver dois conceitos distintos com um mesmo nome. Tenho chamado amor o fluxo vital que nos anima, a chama que nos torna humanos divinos, aquilo que nos impulsiona a agir de forma gentil, generosa, amiga. Quanto àquilo que nos faz querer um par eu tenho chamado de paixão, inicialmente, e afeto, que é uma paixão mais calma e que pode manter duas ou mais pessoas juntas por muito tempo. Essa pode sim, acabar, po

Amar certo

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A @ auddymy fez algumas perguntas num comentário do texto “ Nós não amamos ” que achei interessante para temas de texto. A primeira pergunta: “Existe um jeito único e certo de amar?” O fluxo do amor é único, uma mesma fonte para todos. E esse fluxo inspira emoções parecidas para todos, generosidade, compaixão, gentileza, contentamento, positividade, amizade. Essa é a expressão natural do amor, seja ele filial, fraternal, ou romântico. Claro que quanto passamos esse fluxo por uma personalidade ela vai expressar uma generosidade específica que combine com seus traços pessoais. Então a forma de ser gentil, compassivo, positivo será diferente para cada um. Mas reconheceremos em todas as nuances os mesmos atributos citados acima. Quando afirmo no texto que não amamos é que classificamos de amor todas as loucuras egóicas, como por exemplo aprisionamento, suspeita, ciúme, apego, obsessão, paixão e até violência. Não acredito que isso seja amor. O amor nos deixa calmos, pacíficos e

Brilho de uma Paixão

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Ver sinopse As críticas que li sobre esse filme dizem que ele não é bom... É certo que senti um desconforto ao assisti-lo, como se a história estivesse emperrada... Mas o que me fez trazê-lo para cá foi as imagens poéticas salpicadas pelo filme. Ele fala de poesia e de viver poeticamente. Conta o breve romance do poeta John Keats com uma moça moderna do início do século XIX. Ela considerada fútil por gostar de moda e bailes, ele um poeta falido, mas já admirado por alguns. A falta de dinheiro dele atrapalha o romance, já que naquela época homem que quisesse casar tinha que ter como sustentar a prole. No meio dessa historia de amor frustrada, há a poesia, as imagens, o conceito de poesia como algo sensorial, que não é para ser entendido e sim degustado, sentido. A mocinha, como eu, diz não gostar de poesia porque é difícil de entender e Keats diz que poesia não se entende, ela entra na pele e mexe com o que não faz sentido dentro da gente. E a diretora do filme pega isso pelo p

Dezembro em Janeiro

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A @ anacarolsoares pediu que eu falasse “sobre Dezembro o mês do trânsito, luzinhas e retrospectivas.” Bom, se você acompanha este blog, deve ter percebido que eu não sigo o cronograma oficial de festividades. Estou seguindo minha vida pela natureza que não tem data comemorativa nenhuma. Vale ressaltar que não tenho nada contra essas datas, eu só não dei um significado especial para elas. Então Dezembro para mim é apenas outro mês, tão bom quanto outro mês qualquer, guardando as proporções de clima. Mas como sei que não é assim para todo mundo, falo, em Janeiro, sobre Dezembro. Através de meu trabalho tomei conhecimento que esse é um mês apavorante para alguns, pois tem certas exigências que nem todos podem cumprir. Estar bem com todos da família, ter alcançado metas do começo do ano, estar feliz e altruísta... São mais exigências para nossa pobre cabecinha! Tudo fica acelerado, as pessoas parecem enlouquecer então o trânsito, que para mim, é um termômetro de nossa loucura, fi