Inclassificável



Dia desses, por causa de um cadastro, perguntaram minha profissão. E eu sempre demoro a responder esta pergunta, porque não sei bem como classificar o que faço em uma palavra, sendo honesta com minha tarefa e não me inserindo na seara de outros profissionais.

Meu trabalho é inclassificável.

Sou formada em Psicologia, mas não sou psicóloga; por uma questão prática, suspendi meu número do conselho e por uma questão metodológica, uso técnicas que não são consideradas psicológicas, como Reiki, Florais de Bach e Tarô. Não sou Terapeuta Holística, porque, apesar de usar técnicas assim chamadas, não as utilizo da maneira que se orienta nesta área. Posso até dispensá-las, pois considero mais um recurso extra do que o foco do trabalho.

Às vezes me sinto uma psico-educadora, mas não tenho formação pedagógica. Então não sei se o termo se aplica, sem ofender a turma da educação...

Meu trabalho parece filosófico, mas também não tenho essa formação para chamá-lo assim. Tem traços de busca espiritual, o problema é que não sou um ser Iluminado, como os mestre que se colocam nesta posição, então não fico confortável de ser uma mestra.

Eu ajudo as pessoas a pensarem melhor, sobre si e sobre a vida, ajudo a refazerem conceitos que podem ser mais adequados ao seus estilos de vida e que se aplicado podem trazer mais contentamento. Faço um tipo de maternagem, uma re-educação emocional, fazendo com que fique mais claro o que cada um sente sobre si e sobre o mundo.

Busco a lucidez intelectual e emocional, junto com as pessoas que me procuram para atendimento. Apoio, oriento, explico, elaboro e deixo o outro livre para escolher seu próprio caminho. Dou conselhos, quando acho que é pertinente, como sugestões de ação, não como uma regra a ser seguida. Funciona com uns e não funciona com  outros.

Eu só não sei nomear o que faço, acredito que o termo psico-educação é o que mais se aproxima, mas não sei se posso usá-lo. E usando-o se as pessoas iriam entender.

Então toda vez que me perguntam: Qual sua profissão? Sai algo diferente e depois de algum tempo pensando... Desta última vez saiu psicoterapeuta que é mais fácil de ser entendido, mas não estou muito certa que me encaixo aí.

Afinal eu não me encaixo, sou inadequada e não adaptada, estou na margem, sou desviante. Mas não se preocupem, sou justa e transparente então ninguém se dá mal comigo, pois todos sabem onde estão se metendo e são livres para saírem de perto quando quiserem.

Namasté!

Leia também:

Um não método
Com quem eu trabalho


Comentários

  1. Nanda,

    Eu te classificaria como Espiritualizada. Talvez médium?
    Pq vc tem o dom de ler o Tarô. E esse dom é único. Quem o possui, sabe bem como é... Nos esgotamos com facilidade.
    E poderia ser Educadora. Sim porque vc reensina os outros a viver. Reeduca-os. Portanto Educadora!

    Adorei seu post!
    bjinhos...

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  2. hahahahaha! Dúvida cruel, né Nanda? Xero!

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  3. Vira e mexe passo por esta dúvida tbm. Embora seja formada em fisioterapia meus atendimentos são muito mais parecidos com uma consulta psicológica, logo passei a me chamar de fisioterapeuta holística (que vê o todo - além do físico). Se isso está certo ou errado não me importo muito, o que mais me importa é que os pacientes saiam melhores do atendimento, e percebo que vc tbm pensa assim, no bem estar do atendido!
    Muita luz e sucesso pra nós!

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  4. ahahahhh

    Ainda bem que inclassificavel, imagine só se fosse considerada como desclassificada!!!!

    Francamente, tem momentos que gostaria de apresentar uma resposta melhor sobre o que faço! Estou na lista dos inclassificaveis, mas sem ser desclassificada! lol


    BEIJOS

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  5. Gostei muito da sua reflexão.
    Partilho o site do programa de olho no mundo(www.deolhonomundo.com), que acredito gostará muito. Braços.

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  6. Olá amiga. Gostei muito do que disse a seu respeito. O mais importante é fazer o que gosta com carinho e convicção. Beijos.

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  7. Pois é nanda...Eu sou muito jovem...trabalho no comércio e procuro e estruturo algo para mim por enquanto!!!Penso muito em estudar psicologia,pois estou pendendo justamente para esse lado...leio muito...questiono ...gosto da mente humana!!!gosto também de musica...na verdade gosto de arte,e sei que viver dela não é facil!!!!Mais o negocio é não desistir!!E assim como você quero ser inclassificável...buscar o que me faz bem,sem nome especifico..sem regras profissionais da sociedade!!Não precisamos classificar qual nossa profissão,precisamos apenas nos sentir bem no que fazemos!!!
    abraço e muita energia pra ti!!

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  8. Olá Nanda! Cheguei aqui nesse teu espaço e de cara quis ficar, para poder ler essas tuas reflexões tão pertinentes, tão cheias de luz. Quantas vezes nos vemos nessa situação que o mundo nos cobra? O que você faz? Qual o seu trabalho? Não é um título acadêmico que nos define. Quem somos em verdade em nossa essência? Não no que estudamos na faculdade. Adorei teu blog. Excelente semana com muita paz e luz!

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