Guerra e Paz
Às vezes depois de algum tempo no caminho do autoconhecimento e desprendimento do eu, nossas falhas ficam tão sutis que temos a ilusão de terem desaparecido. Então surge alguém e nos mostra, com uma simples frase que estávamos apenas cegos.
Recentemente enxerguei meu pedantismo, arrogância e apego através de um novo amigo que "zombou" de mim, daquilo que eu professava. Coloquei aspas por que foi assim que vi e não posso dizer, com certeza, que foi o que ele fez.
No entanto isso não importa, o certo é que o que eu senti. Passei dois dias remoendo, raiva, indignação, mágoa. Pensei numa boa resposta para ele. Pensei numa resposta superior, numa resposta raivosa, numa resposta direta sobre meus sentimentos e a cada elaboração eu fiquei mais próxima da resposta certa. Aquela que aliviaria meu coração.
Mas eu só soube disso quando a encontrei. Foi uma jornada e tanto! E a encontrei no livro Sidarta de Hermann Hesse. "Mas, por mais que os caminhos se afastem do eu, ao fim sempre o reconduzem até ele." (pág. 24)
Eu pensava estar longe do eu, mas meu amigo refletiu, como um espelho, o que ainda está lá, um eu vaidoso, presente. E o insight veio e a resposta nasceu: Obrigada! E o alívio foi encontrado. A angústia, a raiva, a indignação desapareceram e deram lugar a um sentimento de paz e verdadeira gratidão.
Foi um bom mergulho, saber que habita em mim uma pedante orgulhosa e apegada. Ver é sempre melhor. Era ela quem estava agonizando e eu tenho compaixão por esse aspecto de mim. Eu aceito, acolho e amo.
Para meu amigo só tenho a dizer: Obrigada, obrigada, muito obrigada! Eu agora sinto paz.
Claro, até o próximo embate...
Namasté!
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Oi,Nanda
ResponderExcluirGarota vc é muito corajosa poucos,mais bem, poucos que conseguem percorrer o caminho da autocritica e consiguem enxergar as falhas em si, parabéns!!!
beijos no coração
Rosana Gois
Oi linda!!!
ExcluirObrigada!!! Foi para encorajar as pessoas a fazerem o mesmo que publiquei o texto, talvez não precisem anunciar publicamente como eu, mas se puderem admitir pra si mesmo sem medo, já é um ótimo curativo.
Não há como se reencontrar com a luz se não olharmos todos os cantos da alma. Inclusive os mais escondidos. rsrs
Xero!!!!
"(...)E o insight veio e a resposta nasceu: Obrigada! E o alívio foi encontrado. A angústia, a raiva, a indignação desapareceram e deram lugar a um sentimento de paz e verdadeira gratidão.(...)"
ResponderExcluirÉ em momentos assim que percebemos o quanto a vida é mãe amorosa connosco,pelas oportunidades valiosas que concede-nos.
Uma reflexão profunda e emocionalmente inteligente, muito grata pela partilha Nanda.
Meu voto,congratulações pelo teu site...Um abraço .
Oi Ronilda!!!
ExcluirObrigada!!! Sim, gosto de compartilhar minhas fraquezas. rsrs Acho que assim podemos enfrentá-las melhor e não nos sentirmos tão pra baixo por tê-las.
Elas são nossas professoras pra uma atitude melhor!
Bjs!!
Olá Nanda!
ResponderExcluirGostei do teu auto-reconhecimento,porém adorei ainda mais quem te abriu os olhos.Andavas cega e preocupada, somente, com o teu Eu.De repente sentiste a realidade de um egoísmo, até então, desconhecido,o quanto te compreendo, quando a revolta tomou conta da tua Paz.É duro sim,mas tal como te aconteceu,faz bem ao Nosso Eu.
Este teu relato que sirva de exemplo, para a constante atenção da Vida, que Nos avisa,ajuda e ensina.
Obrigada
Oi Antonio!!!!
ExcluirObrigada!!!
Sim, é esse meu desejo; servir de exemplo para quem quer refinar seus comportamentos. É nessas descobertas que crescemos!
Bjs!!!