Fato e Interpretação




Veja que coisa legal eu descobri! Somos nós que julgamos uma situação como boa ou ruim. Na verdade um fato é apenas algo que aconteceu de uma determinada forma, em si, por natureza, não tem significado específico, nós é que aprendemos a julgar, a identificar este fato com um significado que nos faz sofrer ou não.

Um evento é apenas isso, um evento. Nós reagimos a ele como aprendemos e damos a ele as cores que queremos ou nos ensinaram a dar. Se for uma perda aprendemos que é ruim, que faz sofrer, então automaticamente sofremos, achamos natural, como se essa reação jamais pudesse estar sob nosso controle ou escolha. Se for ganho, aprendemos a ficar felizes, sempre jogados de um lado para o outro pelas circunstâncias externas.

Nós temos o poder de escolher, mas não escolhemos, somos levados pelos nossos condicionamentos. E o pior, nem apostamos na hipótese de que podemos escolher, achamos isso um absurdo, porque sempre vimos as coisas acontecerem do jeito anterior (sem escolhas). Então afirmamos que porque nunca vimos acontecer diferente, é fatal as coisas só se manifestarem de um jeito. É o lógico! Eu não posso fazer diferente, as emoções são mais fortes que eu, o controle dos sentimentos é coisa de robô, de gente fria, calculista. Humanos são desvairados, descontrolados, essa inclusive, é nossa essência...

Sabe que mais? Eu não quero acreditar mais nisso! Ainda respondo em muitas ocasiões como uma desvairada, porém estou treinando uma nova maneira de reagir e não acho que vou me transformar num robô não... Vou é assumir o comando do meu mundo interno. Esse eu posso dominar, é o único que, se tentar, posso ficar dona.

Pode até parecer um absurdo delirante, mas até hoje foi esse tipo de pessoa (delirante) que criou toda a tecnologia material que conhecemos. E agora precisamos de uma tecnologia psíquica avançada urgentemente! Então, deliremos!

Namasté!


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Comentários

  1. Nanda, muito bom como sempre são seus textos. Parabéns!

    E esse seu pensamento é bem reflexivo, e se eu bem entendi, é bem verdade que as nossas reações parecem sempre ter sido anteriomente programadas.

    A impressão que tive é que eu não vivo a/uma minha vida, eu imito. Ou, mais ou menos isso ai. rsrs...

    Ótimo texto!

    Beijos

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  2. Auda:

    Obrigada querida!!!
    Se vc observar verá que vivemos, na maioria das vezes, como programados por nosso passado. Quero dizer que podemos começar a pensar sobre isso para nos tornarmos mais criativos!
    Bjão!

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  3. Nada mais verdadeiro que este seu texto.
    Mas, há quem tem medo de assumir suas próprias escolhas, por medo evidentemente, de ter que "arcar" com as consequências...se eu reajo de acordo com a Mente Coletiva, se algo não der certo, eu tenho em quem colocar a culpa...é UM MEIO MAIS CÔMODO...
    Te convido a ler sobre "relacionamentos" no Muita Luz http://brasigrega.blogspot.com
    Um ótimo feriado

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  4. O texto retrada uma dura verdade: a dificuldade que as pessoas tem de assumir que possuem responsabilidades na liberdade das suas escolhas! A percepção, os paradigmas, podem distorcer, modificar, transformar os eventos da vida!!! Devemos colocar em foco os valores baseados em princípios universais, como: amor, amizade, honestidade...
    Adorei o que li... bjs

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  5. "O observador influencia o observado",diz a física quântica.

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  6. Brasigrega:

    Obrigada!
    Acho que é esse medo que nos impede de ser livres...
    Precisamos sair do estado de conforto!
    Bjão!



    Danielle:

    Temos dificuldade porque ainda enxergamos essa condição como algo ruim,acredito que se começarmos a ver como poder, passaremos a desenvolvê-la com mais facilidade.
    Obrigada!!!!



    Manfredo:

    Começamos a ter o respaldo da ciência, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
    Bjão!

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  7. Nanda, é difícil mesmo se padronizar e responder às expectativas dos outros já que temos a interpretação própria das coisas. Muitas vezes, algo que me irrita profundamente, pode não irritar o outro, e aí é que vem a reação de censura frente à nossa espontaneidade. Tenho treinado pra não ser tão espontânea, pois já passei muitas repressões por falar o que penso e reagir de maneira autêntica. Cansei de censura.
    Muito bom o seu texto, ótimo pra pensar!
    Beijos pra ti!

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  8. Luciana:

    Como dizia o Menudo na década de 80, "não se reprima!" rsrsr
    Temos só que ter atenção a quando e a quem falamos.
    Sabe aquele ditado? Quem diz o que quer ouve o que não quer? Pois bem!
    A palavra deve ser bem trabalhada antes de sair da boca, às vezes não fazemos isso e nossa "verdade" acaba sendo inútil e ferindo. Então as pessoas se defendem.
    O outro é um limitador importante, nos faz pensar e aperfeiçoar. Eles não são nossos inimigos, lembre-se disso!
    Bjão!

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