Mão no Fogo



Uma vez me perguntaram: Você põe sua mão no fogo por seu companheiro? Minha resposta foi, prefiro me queimar a viver com medo. Ponho minha mão no fogo, não com a certeza que não vou me queimar, mas com a idéia de não temer uma experiência.

Passei parte de minha vida com medo, evitando um susto, uma dor... Não valeu de nada, tive todas as dores que tentei evitar. Eu, agora, vou ao encontro dela, se doer sei que posso me curar e as cicatrizes levo como marcas de meu aprendizado. Elas, as cicatrizes, não doem, são apenas história que aconteceram e me trouxeram sabedoria.

Sabedoria para entender que sou responsável pelo que me acontece, são minhas escolhas que me levam às situações. Parte dos meus tropeços tem a ver com minha preguiça. Preguiça de ficar atenta, de ficar alerta, para poder me mover antes do machado cair, um segundo antes. Minha lerdeza produz minhas feridas. Eu compreendo e me perdôo. Aos outros eu não preciso perdoar, não me fizeram nada que eu não permitisse, muitas vezes por descuido de minha parte.

Se vou a um lugar que tem mosquito e não uso repelente, a responsabilidade de ter sido picada foi minha e não do mosquito. Sigo então me perdoando a falta de atenção.

Quanto a atitude do outro, ele é que deve pensar sobre isso, não sou responsável pela loucura alheia. Sou apenas responsável pela minha loucura e por me proteger.

Prefiro a dor que me esquivar da vida, já fiz isso, não compensou. E o que é mais interessante, quanto mais nos abrimos, menos dor temos, pois mais alertas ficamos e conseguimos nos relacionar melhor com o que fere. De repente, então, a existência lhe dá vivacidade, ficamos acordados, despertos e espertos. Ninguém me fere sem minha permissão e nada pode dar prazer se não mantivermos as portas abertas.

Portanto, mão no fogo e viva a vida!

Namasté!

Leia também: 
Coragem de ser você
Vida bumerangue

Comentários

  1. Esta sensação de que podemos experimentar tudo é muito libertadora só nos resta seguir nessa rota de experimentar e recriar a partir daí essa vivencia harmoniosa que a experiência da confiança nos dá, implantando de vez o reino da PAZ na terra.bjs.

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  2. Marinho:

    Este é meu parceiro!!!! Inteligente!
    Só ele para me aguentar mesmo!
    Xerão!!!

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  3. Chamar pra si toda experiência vivida é um ato de corágem que só tem quem se sabe livre. Essa devria ser a busca de todos nós.
    Se minha preguiça deixar um dia chego lá...
    Grande beijo com saudades...

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  4. Diana:

    Primeiro de tudo! Felicíssima por sua visita!!!
    Preguiça é bom, mas tem hora e assunto... rsrsr
    E vc deixe de modéstia, aqui não precisa!
    Sei que não tem nada de preguiçosa, no caminho, e que já conquistou muito de liberdade.
    Eu me orgulho de vc!!!
    Vc está sempre comigo em pensamentos amorosos ( a duplinha claro)
    Bjão!!!

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  5. Nanda,

    melhor a dor de um dia de certeza, que passar a vida no sofrimento da dúvida.

    Verdades por mais duras que sejam, doerão uma vez, a mentira doerá muitas...

    "A dor faz parte do pacote viver; o sofrimento é assessório opcional do freguês."

    Mão no fogo e viva a vida!

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  6. Aierom:

    Eu concordo!!!
    Para mim o sofrimento tem mais a ver com nossas crenças do que com o fato em si.
    Eu escolho viver!
    Bjão!



    Desassossegada:

    Muito obrigada, e volte sempre!
    Obrigada também por se juntar ao grupo de seguidores do blog!
    Bjão!

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  7. olá Nanda

    Big saudades!!

    Vejo que a pergunta é bem mais complexa do que pensei.. Precipitei-me e pensei logo,em traição..
    veja minha resposta no twitter!mas colocaria minha mão no fogo no sentindo de correr riscos de participar da jornada com o meu companheiro...

    Beijos no ♥♥

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  8. Olá nanda

    A frase acima tá incompleta-completando: "precipitei-me em responder e pensei logo em traição..

    beijos

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  9. Rô:

    Serve também para possíveis puladas de cerca... rsrsr
    A ideia geral é não ficar se torturando, achando que podemos controlar o que é externo a nós.
    Bjão!!!!

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