O Behaviorismo
A Denise do Egito do blog Papo Calcinha fez umas perguntas sobre o texto Abordagem Centrada na Pessoa 1ª parte, que davam para um novo texto sobre essa abordagem, então respondendo a ela eu escrevo este texto.
Primeiro ela pergunta sobre Behaviorismo, que eu cito no texto, como algo a que Carl Rogers se opôs.
O Behaviorismo é uma teoria psicológica criada pelo americano John B. Watson, inspirada nos estudos sobre comportamento reflexo feitos por I.Pavlov. Acho que todos conhecem a experiência com os cachorros que salivavam ao acender uma luz, pois esta estava associada à comida. O Behaviorismo salienta a importância dos acontecimentos publicamente observáveis como base da Psicologia científica. A sua meta é a previsão e controle do comportamento. Essa teoria era a dominante entre 1919 e 1930. De certa forma esta teoria foi necessária para tornar a Psicologia uma matéria científica, que você pode medir e prever, mas não explica tudo e nega parte importante do ser humano.
A orientação comportamentalista considera o homem um organismo passivo, governado por estímulos fornecidos pelo ambiente externo. O seu comportamento pode ser manipulado através de controle de estímulos ambientais. Para ela as leis que governam os homens são iguais às leis universais que governam os fenômenos naturais. O método científico é apropriado para o estudo do organismo humano.
Já para Carl Rogers o homem é a fonte de todos os atos. Ele é essencialmente livre para fazer escolhas em cada situação. O ponto focal dessa liberdade é a consciência humana (negada pelo Behaviorismo). O comportamento é então, a expressão observável e a consequência de um ser interno.
Dá para ver aí porque Carl Rogers se opôs ao Behaviorismo, ele não entendia o ser humano como um joguete das circunstâncias externas. Ele acreditava num mundo interior se orientando e desenvolvendo-se para uma organização. Para ele as premissas da abordagem científica natural não são apropriadas à singular matéria psicológica. A ciência do comportamento humano desumaniza-o, a ciência só pode dirigir-se ao que há de trivial no homem, deixando de fora sua complexidade e imprevisibilidade.
Fonte: Skinner x Rogers – Frank Milhollan, Bill E.Fosish
Sistemas e teorias em Psicologia – Melvin H. Marx, William A.Hillix
Dicionário Técnico de Psicologia - Álvaro Cabral, Eva Nick
No próximo texto respondo à segunda pergunta: “O que seria exatamente dar independência ao paciente?”
Namasté!
Leia também:
Nanda, conheço behaviorismo por Skinner...
ResponderExcluirEle foi muito usado na tendência comportamentalista, nas escolas... Mesmo hoje em dia, alguns usam este método mesclados a outros...
TEnha um lindo fim de semana e obrigada por ter aceito o selinho!!
Beijo!!
Regina:
ResponderExcluirNão acho a teoria ruim, só como todas, incompleta. Ainda é o meio primeiro de aprendizado da humanidade!
Acho que por isso ainda se usa nas escolas!
Obrigada, vc, pelo seu constante carinho!
E o selo publicarei no Baú!
Bjão!
Oi, Nanda!
ResponderExcluirSenti-me na faculdade, estudamos sobre Behaviorismo no semestre passado...
Beijos mil!!!
Giane:
ResponderExcluirUi! Eu fiquei sem saber se isso foi uma experiência agradável ou desagradável para vc... rsrsrsr
Vc estuda psicologia?
Bjão!
Oi, Nanda
ResponderExcluirAqui estou eu após as férias. Ainda não tinha visto esse post citando meu nome publicamente nem ao blog. Obrigada.
Na verdade, eu podia pesquisar na internet sobre o assunto, mas ler um resumo vindo de você ficou bem mais fácil de entender. Obrigada de novo!
Agora, irei para o segundo post.
Um beijo pra você